Spec Ops: The Line - Guerra não é algo bonito.



 "O Capitão Martin Walker está sozinho. Ao seu redor, diversos soldados inimigos preparam uma emboscada. E seus companheiros, Lugo e Adams, ainda estão o procurando na tentativa de ajudá-lo. Mas os inimigos estão a espreita e tem vantagem numérica e tática. Seria o fim para Walker? Depois de tudo o que passou...
Só há uma Desert Eagle como companheira. Afinal, as dores e lesões adquiridas na queda que o pôs nessa situação não vão servir de ajuda. 
Mas Walker é habilidoso! Contorna o carro que estava usando como cobertura, para tentar ganhar alguma visibilidade dos oponentes que se aproximam com um apetite de sangue.
A primeira bala é certeira. Quem sabe agora, é possível tirar a arma do cadáver quente e ganhar um pouco mais de poder de fogo. Será que há esperança? 
Com a visão turva  de sangue e areia, Walker vai abatendo os inimigos. Um por um. Ganha tempo, pois sabe que a morte está próxima. "Cadê aqueles filhos da puta?", pensa. O restante das tropas inimigas já está alerta e agora atira com tudo. Tentar algum disparo é suicídio. 
O que acontecerá com nosso herói?
Herói? Que herói? Não tem heroísmo na guerra, amigo!"

Tensão: acho que essa palavra define bem a experiência que eu vivi com Spec Ops: The Line. Essa pérola, desenvolvida pelo estúdio Yager e publicado pela 2K, foi meu jogo do ano de 2012 com uma certa folga. Porquê? Bem... Poucos jogos conseguem passar uma carga dramática tão intensa como a que vimos aqui.

Você controla o Capitão Martin Walker, brilhantemente dublado por Nolan North, e que tem uma missão: encontrar o Coronel John Konrad no meio de uma Dubai cercada por uma tempestade de areia que já dura meses, além de evacuar as pessoas que estão presas entre os grupos para-militares e os escombros.
Ao seu lado, Tenente Adams e Sargento Lugo completam o esquadrão. 

O jogo já começa a brilhar com esse trio. São personagens tão profundos e bem elaborados que eu ainda não esqueci os nomes de nenhum. Mesmo depois de meses que eu terminei o jogo. Adams é a razão: "Sou uma máquina. Quanto mais cedo eu puder ouvir o 'missão cumprida!', mais cedo posso voltar para minha casa e ser eu mesmo novamente.". Lugo é a emoção: "Eu nunca achei de verdade que me deixariam entrar no exército." Cada um tem  uma especialidade. Lugo pode acertar um esquilo na cabeça a dois mil metros, como ele mesmo diz. Já Adams cuida dos explosivos e armas de curto alcance. Cabe a você no papel de Walker, comandar essa equipe, pois a liderança é o seu ponto forte.

O mais legal de SO:TL é o fato de ele esconder numa jogabilidade relativamente genérica (que deve MUITO a Gears of War), um shooter competente com uma história de tirar o fôlego. 
Não quero entrar em muitos pormenores da trama para não estragar a experiência de ninguém, mas de fato, esse jogo entrega muito mais do que o esperado. Seja pela personalidade forte dos seus companheiros, pela violência crua da guerra ou pelas decisões entre o ruim e o errado que você deve tomar durante o jogo. E os desenvolvedores fazem questão de que você tenha ciência do que está fazendo. Quem aperta o gatilho é você!




Spec Ops se destaca num mercado abarrotado de produções de grande orçamento e de profundidade diretamente inversa. Não existem tantos jogos nessa indústria que te fazem questionar o que está fazendo. Ainda mais um jogo de tiro com temática militar.
E como eles fazem isso? Jogando na sua cara TUDO o que você faz de errado. 

A única coisa ruim desse jogo é o fato de ele estar perdido no mar de opções do seu gênero, o que faz com que ele passe despercebido aos olhos menos atentos. 

Por isso a dica é: dê uma chance a Spec Ops: The Line. Você não irá se arrepender.

Warner Day: Por um fim de ano promissor.



Como prometido para algumas pessoas (né, Adriano?), vou falar um pouco da minha experiência no evento que a Warner, organizou para mostrar para nós do varejo, os planos que eles têm para o fim do ano. Metas ambiciosas, gente animada e muitas promessas.

Primeiramente, falaram sobre a parceria que eles fizeram para se tornarem os distribuidores oficiais da Disney no Brasil. O primeiro jogo dessa parceria é o Disney Infinity




A parte legal foi eles se mostrarem bem engajados em MASSACRAR o Skylanders, mesmo não tendo dito isso diretamente. O jogo inteiro será localizado com todas as vozes oficiais dos personagens no Brasil. Além da forte campanha de mídia que vai aparecer em tudo quanto é meio de comunicação. 
A parte ruim, talvez a pior de todo o evento, foi a data do jogo: 14 de outubro. 2 dias depois de uma data... digamos, importante. Ainda mais se levar em conta que já saiu lá fora. Não ficou claro de onde partiu essa decisão da data, mas é óbvio que ainda há tempo de consertar esse erro.
O fato é que Infinity tem tudo para ser um grande sucesso, pois seus personagens tem um apelo muito forte.
O jogo estará disponível para PS3 e Xbox 360 por R$ 299,90 e para Wii, WiiU e Nintendo 3DS por R$ 329,90.

Batman: Arkhan Origins também deu as caras. Mostraram o trailer oficial e falaram sobre a localização do jogo, que será exclusiva da versão brasileira.




O jogo chega ao Brasil  com data simultânea aos Estados Unidos, com o diferencial de mais de 70 horas de diálogos gravados para a dublagem, que contará com as vozes dos filmes da trilogia Nolan, Ettore Zuim e Guilherme Briggs. 

Fifa 14 veio com uma ambição simples: ser O MAIOR JOGO JÁ LANÇADO NO BRASIL. Pouco né? 
Mas com todo o retrospecto que a série vem adquirindo no Brasil, não é algo tão difícil de se imaginar acontecendo.




Fifa 13, cresceu 100 % em relação ao lançamento do ano passado, mesmo encontrando sérios problemas de distribuição no seu lançamento. Esse ano, eles não prometeram que não haverão atrasos, mas disseram que tomaram diversas providências para que o jogo esteja em todas as lojas no seu lançamento. O jogo ainda contará com aperfeiçoamentos na já excelente narração do Tiago Leifert. Além de alguns jogadores como Pelé, Gullit e Bergkamp, que serão exclusivos para o modo Ultimate Team no Xbox 360 e Xbox One. Outro detalhe legal é a van do Fifa 14, que vai rodaar em alguns shoppings de São Paulo com o jogo para o público experimentar.


Battlefield 4 é outro que tem uma meta ambiciosa: derrotar Call of Duty: Ghosts nas vendas.
O jogo promete um modo campanha intenso e o melhor multiplayer do mercado. 





Gráficos impressionantes, jogabilidade consagrada e a maior novidade de todas: totalmente dublado em português, com direito a atores como Dan Stulbach e André Ramiro emprestando suas vozes aos personagens!
 Outro detalhe interessante é o "Caminhão Battlefield", que irá figurar em vários pontos da cidade de São Paulo com seu visual militar e estações com o jogo rodando.


Need for Speed: Rivals e Formula 1 2013 são as duas apostas no gênero corrida desse fim de ano.
As novidades ficam por conta do modo Classics  no F1, que trás pilotos clássicos de volta às pistas. E da inédita localização total do Need For Speed. Isso mesmo galera: Rivals será dublado em português brasileiro. Ponto pra Warner!






 Emerson Fittipaldi, Alain Prost estarão dentre os personagens jogáveis, nessa edição exclusiva do Brasil (fora do país, o modo Classics deverá ser pago a parte, enquanto no Brasil, o modo já está incluso pra quem comprar o jogo oficial). Senna não estará jogável nessa edição, apesar de a Codemasters ter prometido não decepcionar os fãs do maior ídolo brasileiro do esporte no futuro.






Scribblenauts Unmasked, Lego: Marvel Super Heroes, Lego Friends e Hot Wheels: World's Best Driver fecham a lista de jogos apresentados. 




Prometendo ter TODOS os personagens já criados da DC Comics, Unmasked estará disponível até o fim do ano para 3DS, Wii U e PC. Assim como os outros jogos da série, será totalmente em português do Brasil.

Lego Friends é um port do jogo mobile para o DS, enquanto Lego: Marvel Super Heroes promete ser o jogo com o maior número de personagens da Marvel jogáveis: mais de cem!





Fim de ano forte!

Além de tudo isso, ainda haverão 3 títulos da nova geração que serão distribuídos pela Warner: Fifa 14, Battlefield 4 e Need for Speed: Rivals.

Grandes lançamentos, campanhas ambiciosas e a garantia de muita diversão para todos os públicos. Esse foi o Warner Day, que veio pra mostrar a força do mercado nacional de games. Hoje, não somos apenas notados: somos importantes! E ver empresas do porte da Warner investindo tanto no nosso mercado só reforçam a confiança das produtoras que estão de fora.


Nintendo 2DS: Um tiro certeiro da Nintendo.



Como disse meu amigo Pedro Pellicano... Nada como um tempo pra digerir as notícias.
Claro que eu, nintendista inveterado que sou, estranhei o 2DS. Claro que achei feio. Claro que pensei: QUE P*##@ É ESSA, NINTENDO? Mas vejam bem... É a Nintendo, gente!

Sei que é uma afirmação complicada de se fazer com a atual situação do WiiU, mas é certo dizer que ninguém conhece tão bem seu próprio mercado como a Nintendo. E é óbvio pra mim que esse produto é fruto de muita pesquisa e esforço de marketing. O que vale sempre ressaltar a respeito da proposta do 2DS é o fato de que a demanda para um portátil com as características dele existe. 

E a Nintendo não é boba. Eu estou certo de que muitos, mas MUITOS pais mesmo!, sairão de lojas por todo o mundo no dia das crianças com seus 2DSs e ao menos uma cópia do novo Pokémon. Porque, se jogar Pokémon é a única utilidade do seu portátil (sim, existem tantas pessoas que tem um portátil da Nintendo apenas para jogar Pokémon quanto existem pessoas que tem uma "caixa de rodar Fifa" em casa, pode apostar!), é isso que ele faz. E por muito menos!!!

O 2DS é um decisão acertada em vários aspectos. Desde o abandono das dobradiças que sempre quebram na mão de crianças muito pequenas (claramente o público alvo do 2DS), até o preço super convidativo. Isso tudo com a vantagem da retrocompatibilidade com o Nintendo DS e temos um portátil atrativo a diversas pessoas com toda certeza.

Pode ter sido apenas uma decisão da Nintendo no "modo de pânico". Mas todos nós, fãs ou não da "Big N" sabemos que a a Nintendo em pânico é a melhor Nintendo.

AAA X Indie: Briga de gente grande!!!


JOGO CARO É SINÔNIMO DE JOGO BOM?


God of War X Meat Boy; Orçamento e qualidade entram em conflito.

Nunca houve um melhor momento para ser um gamer como hoje. Temos tanta diversidade entre plataformas, preços e tipos de experiências, que a disputa pelo seu tempo é maior do que qualquer outra já vista. E é nesse dilema de como gastamos nosso precioso tempo que nos perguntamos: Até que ponto os jogos AAA, as superproduções com orçamento multi milionário, realmente são gratificantes  hoje em dia?

Quais são os jogos que se encaixam nessas categorias?

Se por um lado, temos produções arrebatadoras e complexas no lado dos jogos mais caros, por outro temos experiências onde a complexidade sempre envolve um número menor de mecânicas nos indie. 
Jogos como os da série Assassin's Creed, por exemplo, tem tantas camadas de jogabilidade, que fica difícil até mesmo encaixá-los em algum gênero específico.  Do lado indie da coisa, temos pérolas como Rogue Legacy, um jogo de plataforma que remete muito aos tempos áureos do NES/SNES, mas onde o foto-realismo, característica muito apreciada por boa parte dos jogares, passa longe e dá lugar ao lúdico e imaginativo.





É fácil encontrar um jogo indie pra "chamar de seu" e gastar centenas de horas, pois a maioria deles se apoia na máxima do "fácil de aprender, difícil de dominar". Enquanto isso, os jogos de grande orçamento, numa tentativa de agradar o maior número de pessoas, se tornam cada vez mais homogêneos. 
Claro que nem tudo é regra pros dois lados, mas é fato de que a grande maioria dos jogos de ambas as vertentes seguem esse princípio.

Quem é o público de cada vertente?

Algo que não é difícil de discernir é o tipo jogador de cada grupo. 
Jogadores que se interessam mais por experiências mais homogêneas normalmente não tem um senso crítico bem desenvolvido. Crianças e adolescentes são a grande  maioria do público que joga Call of Duty por um motivo: boa parte deles não paciência para absorver uma experiência muito profunda. Seja pela idade ou pela capacidade limitada de concentração, fato é que a grande maioria desse público tem muitas coisas em comum. O que não altera a realidade de haverem pessoas nessa faixa etária que apreciem jogos mais ousados e experimentais.

Por outro lado, o público que prefere jogos indie tem uma tendência a serem mais exigentes, apesar de boa parte deles não saber exatamente o que exige. Desde que seja algo novo, eles topam. Se compararmos com os cinéfilos, eles seriam a galera do "tênis verde". São jogadores que tem uma certa bagagem e que apreciam uma grande variedade de experiências. Isso não quer dizer necessariamente que eles sejam sempre mais velhos. Mas há uma certa tendência desse grupo de ter passado pro várias gerações de videogames.

Mas afinal... Que tipo de jogo leva a melhor?

Esse é um assunto relativamente extenso, e esse foi um post com um caráter mais introdutório, mas uma vez que tiramos a apresentação do caminho, será fácil desenvolver melhor cada pró e cada contra de cada segmento. O fato é que hoje em dia, custo de produção nem sempre se traduz em qualidade, o que é um grande sinal do amadurecimento da indústria, que vinha numa crescente de altos valores de produção e marketing. Do lado indie, a inovação nem sempre é sinônimo de qualidade, pois há muita experimentação permeando a cena. E são poucos jogos que tem qualidade o suficiente para atrair a atenção do grande publico.

Um conselho? Jogue de tudo! Nunca tivemos tantas opções no mesmo contexto e época. 
E isso torna o presente um grande momento para nós, jogadores.





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